terça-feira, 4 de outubro de 2022

O Remo em Portugal - 194 Anos de História

 

A prática do Remo em Portugal começou em 1828 com a fundação do Arrow Club pelos irmãos Pinto Basto conjuntamente com a comunidade inglesa radicada em Portugal.

No livro de José Pontes, “Quasi um século de desporto”, tomamos conhecimento que em 1849 Abel Power Dagge “teve a veleidade de organizar uma regata” de Remo, tendo sido esta, portanto a primeira prova organizada em Portugal.

No programa da Regata do Tejo de 19 de Setembro de 1853 constava a participação de duas guigas de 4 remos, “tripoladas por curiosos”. Para a prova do ano seguinte foi já elaborado um regulamento das Regatas do Tejo, e deu origem à fundação da Real Associação Naval em 1855.

Nos primeiros clubes existiam duas classes de sócios os Capitalistas (depois Proprietários), que pagavam joia, e eram os donos das embarcações e os Sub Escreventes (depois Contribuintes) que apenas pagavam uma subscrição, mas não eram proprietários do material do clube e só podiam remar desde que autorizados pelos Patrões.

Em 1862 descobrimos que as Maganas de Avintes competiam já entre si nas regatas portuenses, portanto o Remo Feminino também foi percursor em Portugal.

Os anos 60 do século XIX foram muito profícuos em agremiações náuticas tanto em Lisboa onde temos conhecimento de vários Clubes tais como Club dos Remeiros Lusitano, Tagus Rowing Club, Club Naval, Club do Tejo, Club dos Remeiros Corsário etc.

No Porto encontrámos referências à fundação do Oporto Boat Club, só de ingleses em 1866, do Clube Naval Portuense e em 1872 o ainda existente Clube Fluvial Portuense.

Na Figueira destacamos a Associação Naval Figueirense, com estatutos de 1866 e o Clube Moderno cujos estatutos datam de 1881 (antecessores diretos da Naval e do Ginásio). A 14 de Outubro de 1880 funda-se em Setúbal a Associação Fluvial Setubalense. Na cidade de Aveiro, em 1894, o Ginásio Clube Aveirense organiza uma secção de Remo, que mais tarde viria a chamar-se Clube Mário Duarte. Apesar da fundação do Sport Clube Vianense em 1898 só no advento da República é que temos conhecimento da dinamização do desporto do Remo no rio Lima, em Viana, com a fundação do Viana Taurino Club, contudo já em 1897 o Jornal Tiro Civil de 15 de Agosto informa que no dia 18 irá realizar-se uma regata de “remos e de vela que promete não só ser muito concorrida, como muito disputada”.

Em 1884, ainda por iniciativa de Abel Power Dagge, foi criado o primeiro Campeonato que se realizou em Portugal. As regatas foram efetuadas no Tejo durante duas provas seguidas, em skiff, como competidores estiveram os ingleses Hickei e Mitchel e o futuro Barão de Almeirim, Manuel Braamcamp Freire, que venceu os ingleses e conquistou o Titulo de Campeão do Tejo, ganhando uma medalha de ouro que usava com orgulho na corrente do seu relógio.

No alvorecer do século XX despertava grande interesse as regatas em guigas de quatro e de seis remos. No entanto, a falta de uniformidade nas características das embarcações, a que se juntava uma deficiente regulamentação, suscitavam frequentes conflitos que, em alguns casos, conduziam à quebra de relações entre as principais agremiações náuticas. Em 1898, no Centenário da Índia devido a um empate numa regata de Remo os atletas da Real Associação Naval e do Real Clube Naval envolveram-se numa zaragata que destruiu a Cervejaria Jansen, no Cais do Sodré, com prejuízos no valor de 400.000 réis (O Infante D. Afonso quis inteirar-se pessoalmente do ocorrido, pagando a despesa) e em 1906 houve mesmo um duelo à espada, em Cascais, entre Alberto Totta do CNL e Carlos Sá Pereira da ANL, devido a uma regata da Taça Lisboa.

É neste contexto que em 1904, a pedido de Joaquim Leotte sócio do Clube Naval, que juntamente com a Associação Naval, o Clube de Aspirantes de Marinha, atual CNOCA e o extinto Clube Naval Madeirense instituíram a Taça Lisboa em Remo como Campeonato de Portugal, Taça ainda hoje em competição, constituindo a prova desportiva mais antiga do nosso país. Assim nasceu a Taça Lisboa e a Convenção que se lhe seguiu assinada pelos mesmos clubes, a 20 de Abril de 1904.

Nos Jogos Olímpicos de 1908, Henry Bucknall, o voga da tripulação de Shell 8 de Inglaterra, que venceu a medalha de ouro, aprendeu a remar no Clube Naval de Lisboa, onde seu pai era o Comodoro do Clube.

Em 1910 Armando Soares Franco, Presidente da ANL oferece uma Taça com o seu nome para ser disputada pelas Escolas Superiores de Lisboa e Mauperrin Santos, sócio do Clube Naval, Director da Escola Académica e Presidente da Sociedade Promotora de Educação Física Nacional (futuro COP) oferece também uma Taça com o seu nome que seria disputada pelas Escolas Secundarias e Liceus da Capital, começando então uma nova era no desporto escolar. As regatas eram organizadas pelo CNL e pela ANL com o patrocínio da CML. Alguns anos mais tarde a Federação Portuguesa do Remo continuaria a utilizar essas Taças com o mesmo propósito, nascendo as regatas escolares que se iriam disputar até aos anos sessenta em Lisboa, no Porto e na Figueira.

Ainda em 1911, Francisco Bento Pinto ofereceu à Naval 1º de Maio a Taça Alzira, para ser disputada como Campeonato Regional entre os dois clubes da Figueira.

A 20 de Setembro de 1914 disputou-se em Portugal pela primeira vez uma Regata Universitária disputada no Rio Mondego a Taça Universidade de Coimbra. A Regata foi presidida pelo Reitor da Universidade e venceu por uma proa a Faculdade de Ciências.

O ano de 1919 é marcado pela realização na Figueira da Foz, do Campeonato Internacional de Remo para comemorar a vitória das forças aliadas da Primeira Grande Guerra, onde seria disputada a Taça da Vitória que a par da Taça Lisboa seria a prova mais importante do remo português. Podiam concorrer a este campeonato todas as coletividades desportivas nacionais e estrangeiras legalmente constituídas.

A Taça da Vitória foi instituída pela Associação Naval 1º de Maio e adquirida por subscrição entre as Nações Aliadas da Grande Guerra e destinava-se a ser disputada em outriggers de oito remos. As Nações que subscreveram a Taça foram Portugal, Brasil, América do Norte, Inglaterra, França, Itália, Bélgica, Servia, China, Japão, Grécia, Sião, Roménia, Honduras, Libéria, Panamá, Nicarágua e Peru. Duas embarcações de 8 foram compradas de propósito em Inglaterra para a prova e as suas bases foram publicadas em Diário da República.

 Foi também em 1919 que se formou a primeira Selecção Nacional de remo para os Jogos Interaliados em Paris, também conhecidos como os Jogos Pershing.Dado que não se realizaram os Jogos Olímpicos, as Nações Aliadas organizaram estas provas, em vários desportos, para moralizar os soldados e aproximar os países amigos.

No dia 19 de Fevereiro de 1920 na Sala da Associação Naval de Lisboa reúne-se a Comissão Organizadora e Iniciadora da Federação Nacional de Remo e aos 29 dias do mês de Agosto de 1921 reuniram-se na Sala da Associação Naval, os clubes: Associação Naval de Lisboa, Clube Naval de Lisboa, Associação Naval 1º Maio, Ginásio Clube Figueirense, Clube Naval Setubalense e Sport Algés e Dafundo tendo procedido à eleição da primeira Comissão Dirigente da Federação Portuguesa do Remo. A FPR veio unificar e desenvolver o Remo em Portugal, incrementou as provas já existentes e tentou universalizar o desporto do Remo em toda a sociedade da época, apesar de muitas divergências entre as Comissões Dirigentes e os Clubes, que não pagavam as suas quotas atempadamente o que dificultava a organização da Federação e o pagamento das suas despesas incluindo a quota à FISA.

Em 1922 a Federação Portuguesa do Remo inscreveu-se na FISA, o que lhe permitiu fazer-se representar nos campeonatos da Europa em Como, Itália, em 1923, com uma tripulação de Shell de dois com timoneiro do Sport Clube do Porto (inscreveu-se uma Shell de 4 mas a embarcação emprestada estava em muito mau estado tendo-se afundado o que não permitiu remar na prova) e, em 1926, em Lucerna, Suíça, com uma tripulação do Clube Naval de Lisboa que participa nas provas de quatro com e sem timoneiro.

A FISA em 1925, ao querer homenagear o Remo português, convidou Portugal para que ficasse indigitado para organizar os campeonatos da Europa de 1926 e para tal foi nomeado o Presidente da Assembleia Geral da FPR, Álvaro Lino Franco, como Vice-Presidente da Federação Internacional de Remo. Pedro Peters, na altura o Presidente da Comissão Dirigente, deu conhecimento na AG de 5 de Dezembro de 1925, que o governo de Portugal se tinha comprometido com um subsídio de 500 000$00 para a organização dos Campeonatos da Europa e também a dragagem do rio Mondego na Figueira da Foz, local onde se desenrolaria a prova. O não cumprimento governamental motivou a vergonha da FPR, a demissão de Álvaro Franco da FISA e o castigo a Portugal tendo sido retirado o apoio da Federação Internacional no transporte das embarcações para os Campeonatos da Europa, o que motivaria também a ausência forçada do nosso país durante largos anos às provas internacionais.

Os Campeonatos Nacionais de Remo de 1931, organizados pelo Clube Fluvial Portuense e pelo Sport Clube do Porto, realizados no Porto, entre o Bicalho e a Alfândega, destacaram-se pela forte adesão do público que acorreu a ambas as margens para assistir àquele que foi o maior evento desportivo realizado em Portugal até aquela data, tendo-se computado uma assistência superior a 50 mil pessoas, realizaram-se provas de 2000 e 5000 metros.

Nesse mesmo ano, as Regatas Internacionais da Figueira da Foz com provas Natação, Remo e Vela tiveram igualmente grande adesão por parte do público, contabilizando-se cerca de 25 mil assistentes.

A realização, a partir da década de trinta, dos Campeonatos Escolares de Remo, organizados pela Federação Portuguesa de Remo e a criação a nível estatal dos Centros de Remo da Mocidade Portuguesa, movimentaram um maior número de praticantes, facto que se reflectiu no fomento da modalidade.

Em 1936 realizaram-se em Cascais as espetaculares Regatas Internacionais do Estoril, com a presença de Franceses, Holandeses, Belgas e Ingleses. Integrado neste certame náutico realizou-se o Primeiro Campeonato de Portugal de outriggers de 8 no qual ficou vencedor o Clube Naval de Lisboa.

Na década de trinta havia competição na forma de Campeonatos Nacionais e Regionais de Fundo e Velocidade, Principiantes, Escolares e Internacionais da Figueira e Cascais. Podemos juntar ainda as regatas particulares das agremiações existentes.

A Taça Salazar foi adquirida em 1938 com donativos das 68 Câmaras Municipais do Continente que assim quiseram prestar o seu concurso à da Figueira da Foz quando esta resolveu prestar homenagem ao então Presidente do Conselho dando o seu nome a um riquíssimo troféu para ser disputado em regatas internacionais a terem lugar anualmente nesta cidade.

É em 1939 que há a introdução dos Yolles de 4 e 8 nos Campeonatos Regionais de Fundo. A Mocidade Portuguesa começou a construir Yolles em estaleiros portugueses e alargou os seus Centros de Remo possuindo agora filiados em Lisboa, Porto, Viana do Castelo, Barcelos, Figueira da Foz e Setúbal. Realizaram-se Regatas Escolares em Lisboa, Porto e Figueira da Foz.

Por esta altura organizaram-se várias e diferentes provas destacando em 1944 o I Campeonato de Remo para empregados das Companhias de Seguros, Torneios da Mocidade, o Campeonato Peninsular em 42,43 e 45, e um Campeonato Nacional Universitário em 1945. Em 1947 a FPR organizou a 1ª Conferência Nacional de Remo, publicando também um anuário.

No ano de 1943 o CNL organizou um Curso de Treinadores (pensamos que o primeiro em Portugal) ministrado pelo experiente treinador de Remo, o Dr. Leopoldo Lehrfeld, acabado de ser nomeado pela FPR como Treinador Nacional e a quem “ conferiu ao Dr. Lehrfeld os mais latos poderes para o desempenho do seu cargo.” Como nos é noticiado na Revista de Marinha de 20 de Março de 1943.

Talvez por isso em 1948 Portugal inicia a sua participação nos Jogos Olímpicos, aproveitando as excelentes performances das célebres tripulações do S. C. Caminhense e do Clube dos Galitos de Aveiro.

Em 1952,1960,1972,1992,1996 e depois em 2008 e 2012 através de Pedro Fraga e Nuno Mendes volta a marcar presença nestes eventos.

É na década de quarenta que também se conjectura sobre a construção de uma pista de Remo na Cruz Quebrada, em Lisboa, na Barragem do Ermal, em Braga ou na Pateira de Fermentelos, em Aveiro, desenrolando-se uma acesa discussão sobre o melhor local, Devido ao facto da FPR ter usufruído em 1943 de um subsidio de 20 000$00, na Revista de Marinha, João Santos (Presidente da ANL e mais tarde do Sport Lisboa e Benfica) escreve que é de vital importância aproveitar este dinheiro e aplicá-lo todo na construção de uma Pista de Remo, no Estádio Nacional, em vez de dispersar esta quantia por várias provas e despesas, o Remo só teria a ganhar com isso pois finalmente teríamos uma um local adequado às competições oficiais. No entanto a pista de Remo ficaria, mais uma vez, para outra altura.

Em 1960 realizaram-se os Campeonatos Nacionais juntamente com os Primeiros Jogos Luso – Brasileiros, em Rio Novo do Príncipe de 4 a 7 de Agosto, as regatas efetuaram-se em Yolle e Shell.

O ano de 1966 foi um ano diferente pois realizaram-se pela primeira vez ao mesmo tempo os Campeonatos Nacionais de Juvenis, Juniores e Seniores em Aveiro nos dias 6 e 7 de Agosto.

Em 1968 a Federação tentou chegar a acordo com a Mocidade Portuguesa para que houvesse um calendário de Regatas comum. Contudo os dirigentes da Mocidade com arrogância não aceitaram e perdeu-se uma boa oportunidade para haver um maior desenvolvimento da modalidade, sendo que à sombra dos Legionários os Clubes não conseguiam manter um crescimento sustentado.

Nesse ano o Infante foi Campeão Nacional de Shell de dois com timoneiro feminino no Campeonato de Fundo, pensamos que foi a primeira vez que houve provas femininas em Campeonatos Nacionais da FPR.

A partir de 25 de Abril de 1974, dá-se início a uma nova etapa no desenvolvimento do Remo desportivo, pautada pelos princípios de democratização do desporto, definidos na política estatal da época, tendo em vista a massificação da modalidade. No âmbito desta política, a Direcção Geral dos Desportos, implementa Planos de Desenvolvimento da Modalidade. Em 1976, inicia-se o processo de formação de treinadores, sistematizados em vários graus. É estabelecido um intercâmbio com a Polónia com a vinda da equipa olímpica polaca durante todo o mês de Fevereiro, tendo, no âmbito do mesmo, sido dada formação a um elevado número de técnicos nacionais. Paralelamente, assiste-se à criação de Escolas de Remo da Direcção Geral dos Desportos por todo o país.

Em 1979 Rodrigo Duarte, atleta da ANL venceu em Skiff PL nas regatas de Vichy, a primeira medalha em Regatas Internacionais.

Em 1985, realiza-se o primeiro Congresso de Remo, na Figueira da Foz onde, pela primeira vez, se reúnem todos os agentes desportivos que participam na vida da modalidade, tendo-se debatido amplamente os problemas do Remo. No ano seguinte o Remo passa a integrar as modalidades com planos de Alta Competição que a Direcção Geral dos Desportos apoia.

Em 1985 disputa-se em Óbidos um Oxford – Cambridge em Shell de oito, numa pista já balizada, embora de forma rudimentar. Também neste ano são iniciados cursos de remo para cidadãos com deficiência no Hangar da Associação Naval de Lisboa.

Nos anos 80, a Associação Naval de Lisboa introduziu a variante de Remo Indoor em Portugal organizando, em 1992, no Pavilhão Carlos Lopes o primeiro Campeonato Nacional de Remo Indoor que conta com um elevado número de participantes.

Após esporádicas presenças em 1962 e 1982, Portugal inicia, em 1986, a sua participação regular e sistemática em campeonatos do mundo de remo com uma presença em Inglaterra. Dois anos depois, Henrique Baixinho, skiffista peso ligeiro, classifica-se em 4º lugar no Campeonato do Mundo de Milão.

Em 1989 são redigidos os novos estatutos e os treinadores criam a sua própria estrutura – o Conselho de Treinadores. A década de 90 é marcada pelo aumento de participações em competições no estrangeiro e pela obtenção dos resultados mais significativos na História do Remo nacional, destacando-se: A conquista, em 1990, da primeira medalha na Taça das Nações com uma tripulação feminina em double-skull Maria da Conceição Batista e Heloísa Luz. No ano seguinte, novamente uma tripulação feminina conquista mais uma medalha na Taça das Nações, uma medalha nas regatas internacionais de Lucerna e atinge a final A no Campeonato do Mundo, A São novamente, mas desta vez com a Luciana Kendall; Em 1994, acontece a conquista da primeira medalha num campeonato do mundo com uma tripulação de quadri - skull peso ligeiro composta por Henrique Baixinho, Luís Teixeira, José Leitão e Luís Fonseca. Em 1999, uma tripulação de double-skull masculino, Artur Antunes e Bruno Mascarenhas, conquista o seu primeiro e único título Mundial, no Campeonato do Mundo de Juniores em Plovdiv, Bulgária.

No Congresso Ordinário da FISA, realizado em Lucerna, Suíça, em Agosto de 2001, José Nunes é eleito Presidente da Comissão do Remo Adaptado, sendo o segundo português a ter assento nas estruturas executivas da Federação Internacional, devendo-se ao seu excelente desempenho nesse cargo, a participação do Remo Adaptado, pela 1ª vez nos jogos Paralímpicos em Pequim. Em 2008 e 2012 Portugal esteve presente nos Jogos Paralímpicos com a participação de Filomena Franco.

Em 2002, depois de um processo iniciado em 1997, é inaugurada a pista de Montemor – O – Velho, obedecendo o seu projecto às especificações da FISA para pistas internacionais.

Em 2003, e depois de uma primeira participação no ano anterior, uma tripulação de Remo Adaptado de Soure conquista a primeira medalha num campeonato do mundo. A prática desportiva do Remo tem-se diversificado nos últimos tempos e encontramos hoje também nos planos de actividade federativos além da competição em barcos olímpicos, o Remo Indoor, o Remo de Mar, o Remo Adaptado e o Remo de Turismo, a organização do Congresso Extraordinário da FISA na cidade do Porto em 2001, com a presença de 200 delegados de 60 países, e a realização em Montemor – O – Velho, em Agosto de 2002, da Coupe de la Jeunesse, competição onde estiveram presentes 400 participantes de 10 países europeus, deram à Federação e ao País, uma visibilidade exterior impensável poucos anos atrás, o que originou através de um grande empenho da Federação Portuguesa do Remo e do Governo, a conquista da organização do Campeonato da Europa de 2010 ao fim de 86 anos.

A Federação Portuguesa do Remo participou activamente na fundação do Comité Paralímpico de Portugal e Carlos Henriques é eleito para a sua Comissão Executiva em representação do Remo português. O Remo Adaptado teve um franco desenvolvimento em Portugal, com aumento do número de atletas e participação internacional nos Jogos Paralímpicos e Global Games, contando já com medalhas nos campeonatos do Mundo da Modalidade.

 

 
















































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